quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O periquito

O periquito foi trazido para a Europa pela primeira vez pelo explorador e naturalista John Gould em 1840, tornando-se imediatamente uma ave muito popular. De facto, quarenta anos mais tarde os estabelecimentos comerciais de criação, que possuíam mais de 100 mil exemplares, procuravam satisfazer uma procura cada vez maior no continente europeu. As mutações de cor começaram a surgir nos finais do século XIX, aumentando a beleza dos periquitos; as novas cores constituíam uma novidade e representavam lucros financeiros consideráveis para os criadores que tinham a sorte de conseguir criar estas aves. As ex-posições abertas ao público, aliadas à criação do Budgerigar Club (designação que foi alterada mais tarde para Budgerigar Society) em 1925, na Grã-Bretanha, chamaram a atenção de uma camada mais vasta da população para estas aves, cuja popularidade depressa ultrapassou a dos canários. O periquito é, actualmente, o pássaro doméstico mais comum em todo o mundo, existindo milhões de exemplares como aves de estimação, de aviário e de exposição.
Os periquitos são pássaros que se adaptam com facilidade a qualquer meio; o seu habitat natural são as terras áridas e geralmente inóspitas da Austrália. A criação destas aves é fácil, visto serem pouco exigentes em termos de alimentação, mesmo durante o período de reprodução. Ao contrário do que sucede com muitos outros membros da família dos Psitacídeos, estas aves não são barulhentas, não deixando, porém, de ser capazes de reproduzir os sons da voz humana. A sua boa disposição e docilidade natural despertam o carinho das pessoas de todas as idades. Embora possam infligir uma bicada dolorosa se forem manuseados sem o devido cuidado, os periquitos podem ser facilmente chamados à atenção sempre que for necessário e não constituem perigo para as crianças. Além disso, e ao contrário do que sucede com alguns periquitos da Austrália, adaptam-se bem à vida numa gaiola e podem viver oito anos ou mais.
Quer esteja à procura de um pássaro doméstico ou a pensar em instalar um aviário no jardim, verificará que a criação de periquitos é um passatempo relaxante e gratificante. Até se pode dar o caso de decidir levar os seus periquitos às exposições, à medida que o seu interesse por estas aves for aumentando!

Ensinando a falar

Ensinando a falar
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Para ter um periquito falante o isolamento é a primeira parte: é importante que ele esteja sozinho na sua casa sem qualquer outra ave que faça barulho, pois assim ele começará a imitar a outra ave e terminará como quase todos os periquitos que apenas fazem aquele barulho característico.
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Aves compradas em lojas geralmente não aprendem a falar por que convivem com outros periquitos.
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Você começa ensinando desde sempre! Assim que ele abrir os olhos irá reconhecer você. Comece com poucas palavras e repetindo baixinho perto da ave. Eles demoram muito mais tempo que os papagaios para começar a repetir.
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Esse trabalho exige muita paciência e pode levar muito tempo. Se você for persistente poderá ter um periquito falante, já que são aves capazes de repetir palavras.
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Quanto ao ninho que ficou na gaiola..
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Alguns periquitos acostumam-se tanto com o ninho que mesmo não tendo crias acabam dormindo dentro dele.
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Se não vê problema nisso pode deixar o ninho até que eles saibam a próxima época de reproduzir.

Amansando os filhotes






 
Quando estiverem um pouco grandinhos (como na terceira foto acima) é bom criar os filhotes fora do ninho alimentando com papinha após abrirem os olhos.julianasphynx.blogspot.com
A papinha pode ser encontrada a venda em loja de animais. Mistura-se com água morna e alimenta-se o filhote com uma seringa também própria para criação.
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Para que a ava acostume-se com seu toque ou ficar empoleirada no dedo tente primeiro pegar por uns 10 min por dia usando um pano em volta da mão para que não seja bicado.
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Faça carinho na ave até que ela se sinta mais calma e repita isso aumentando a quantidade de tempo todos os dias. Uma hora quando você for pegar ela não ficará mais agressiva com você pois associará a um bom trato
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Se começar bem cedo nem precisará usar um pano em volta da mão, pois a maioria dos filhotes é muito amigável e brincalhão.
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Pegue-o com a mão dentro da gaiola até que haja mais confiança

 Periquitos voam! (informação bem obvia), mas é sempre bom avisar que não se deve confiar 100% na ave fora da gaiola. Fique sempre por perto para que não haja acidentes e, em caso de prevenção, apare as penas de uma das asas.

Filhotes


 Quando os filhotes nascem a situação continua por algum tempo a mesma: a fêmea dentro do ninho e o macho trazendo comida.
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Não se intrometa no trabalho da fêmea. Todos os cuidados a mãe dá a eles até saberem se virar sozinhos.
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É importante colocar o ninho no chão da gaiola depois de um tempo para que os filhotes não se joguem mais tarde de alguma altura ruim para eles retornarem. Coloque-os de volta ao ninho caso isso aconteça e depois coloque o ninho em um local baixo em que possam voltar sozinhos quando saírem do mesmo.

 Após 2 meses, enquanto os filhotes usarem o ninho limpe uma vez por semana e coloque um jornal no fundo dele. O excesso de fezes lá dentro pode causar algumas doenças.

No demais é só acompanhar para ver se há algum problema na alimentação e desenvolvimento físico (principalmente no último da cria). As vezes os pais deixam de alimentar os mais novos por que os primeiros ficam independentes.

Os ovos

Os ovos

 É muito normal as fêmeas colocarem ovos em dias separados. É comum até ela levar uma semana inteira para colocar apenas 5 ovos!

 Os ovos são pequenos, tendo aproximadamente 2 cm e podendo desenvolver-se um pouco mais até a hora do nascimento (ficando mais arredondados e meio "inchados").

Como a fêmea os coloca em dias diferentes o normal é que os filhotes não nasçam todos juntos.


É bom sempre observar o tamanho do viveiro e separar o casal das demais aves até que seus filhotes estejam independentes, a fêmea poderá jogar os ovos fora quando perceber superpopulação ou até mesmo matar as crias ainda bem pequenas.



Não se deve retirar os ovos de seu lugar EM HIPÓTESE ALGUMA. A fêmea vai jogá-los fora do ninho caso perca as esperanças deles originarem filhotes e voltará a acasalar. Tirar os ovos da posição em que estão pode matar o feto!



Também não retire as cascas dos ovos. Após o nascimento a fêmea saberá exatamente o que quer fazer: comer a casca para ter cálcio ou jogá-la fora do ninho. Apenas se ela a descartar você poderá jogar fora.



A fêmea pode descartar ovos por alguns motivos:julianasphynx.blogspot.com
1 - Quando os mesmos não foram fecundados: As vezes pássaros colocam ovos mesmo que vivam sozinhos pois precisam eliminar ovários não fecundados. Tartarugas e outros ovíparos também agem dessa maneira 

 2 - Ela não conseguir chocar: Se os ovos estão a muito tempo com ela e a fêmea não conseguiu chocar por ter os deixado esfriar ou mesmo por falta de experiência vai perceber a perda e descarta-los


3 - Ela não quis chocar: Esse problema é muito comum em viveiros muito populosos ou com pouco espaço. As fêmeas tem noção de que suas crias não terão espaço o suficiente para viver e optam por acabar com os ovos antes de seu nascimento.


Começando pelo : O casal

Começando pelo começão: O casal
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As vezes as fêmeas quando muito jovens possuem o bico meio verde água e os machos meio branco. Quando jovens demais todos possuem o bico cor de rosa. Na dúvida é melhor adquirir um casal mais velho que já tenha o bico rosado definitivo ou marrom (no caso da fêmea) e azul no caso do macho.
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As fêmeas na época de reprodução escurecem o bico de rosa para um tom quase marrom escuro e os machos após a reprodução ficam com ele bem mais azul escuro.
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Quando um começa a alimentar o outro e arrumar o ninho com certeza estão planejando ter uma cria. Assim que a fêmea sente que poderá botar ovos fica a maior parte do tempo dentro do ninho e o macho buscando alimento para a mesma.
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Percebe-se claramente quando ela vai botar por que suas saídas se resumem a beber água e comer rápido.

O melhor ninho para eles é a conhecida "casinha" de madeira. Não precisa colocar nada para eles construírem o ambiente, pois, a maioria tem costume de colocar os ovos na madeira mesmo

 Periquitos gostam de roer o ninho (especialmente a porta). Isso não é um sinal de insatisfação e sim de que estão arrumando a casa a seu gosto.

 Quando quiser que se reproduzam é bom deixar o ninho direto na gaiola, pois quando decidir em acasalar ele já estará por ali. Apenas retire o ninho quando não quiser mais que eles reproduzam, pois periquitos costumam ter muitos filhotes em pouco tempo.
  
Recomendo que tenha pelo menos 1 ninho por casal para que não haja disputas e brigas.